segunda-feira, 27 de maio de 2013

Renascimento - História Literatura e Arte



Renascimento - História do Renascimento


      A fragmentada sociedade feudal da Idade Média transformou-se em uma sociedade dominada, progressivamente, por instituições políticas centralizadas, com uma economia urbana e mercantil, em que floresceu o mecenato da educação, das artes e da música. 

      O termo “Renascimento” foi empregado pela primeira vez em 1855, pelo historiador francês Jules Michelet, para referir-se ao “descobrimento do Mundo e do homem” no século XVI. O historiador suíço Jakob Burckhardt ampliou este conceito em sua obra A civilização do renascimento italiano (1860), definindo essa época como o renascimento da humanidade e da consciência mo  Renascimento, período da história européia caracterizado por um renovado interesse pelo passado greco-romano clássico, especialmente pela sua arte. O Renascimento começou na Itália, no século XIV, e difundiu-se por toda a Europa, durante os séculos XV e XVI. 

    O Renascimento italiano foi, sobretudo, um fenômeno urbano, produto das cidades que floresceram no centro e no norte da Itália, como Florença, Ferrara, Milão e Veneza, resultado de um período de grande expansão econômica e demográfica dos séculos XII e XIII. 

        Uma das mais significativas rupturas renascentistas com as tradições medievais verifica-se no campo da história. A visão renascentista da história possuía três partes: a Antiguidade, a Idade Média e a Idade de Ouro ou Renascimento, que estava começando. 

       A ideia renascentista do humanismo pressupunha uma outra ruptura cultural com a tradição medieval. Redescobriram-se os Diálogos de Platão, os textos históricos de Heródoto e Tucídides e as obras dos dramaturgos e poetas gregos. O estudo da literatura antiga, da história e da filosofia moral tinha por objetivo criar seres humanos livres e civilizados, pessoas de requinte e julgamento, cidadãos, mais que apenas sacerdotes e monges. 

     Os estudos humanísticos e as grandes conquistas artísticas da época foram fomentadas e apoiadas economicamente por grandes famílias como os Medici, em Florença; os Este, em Ferrara; os Sforza, em Milão; os Gonzaga, em Mântua; os duques de Urbino; os Dogos, em Veneza; e o Papado, em Roma. 

     No campo das belas-artes, a ruptura definitiva com a tradição medieval teve lugar em Florença, por volta de 1420, quando a arte renascentista alcançou o conceito científico da perspectiva linear, que possibilitou a representação tridimensional do espaço, de forma convincente, numa superfície plana. 

      Os ideais renascentistas de harmonia e proporção conheceram o apogeu nas obras de Rafael, Leonardo da Vinci e Michelangelo, durante o século XVI.

       Houve também progressos na medicina e anatomia, especialmente após a tradução, nos séculos XV e XVI, de inúmeros trabalhos de Hipócrates e Galeno. Entre os avanços realizados, destacam-se a inovadora astronomia de Nicolau Copérnico, Tycho Brahe e Johannes Kepler. A geografia se transformou graças aos conhecimentos empíricos adquiridos através das explorações e dos descobrimentos de novos continentes e pelas primeiras traduções das obras de Ptolomeu e Estrabão. 

       No campo da tecnologia, a invenção da imprensa, no século XV, revolucionou a difusão dos conhecimentos e o uso da pólvora transformou as táticas militares, entre os anos de 1450 e 1550. 

       No campo do direito, procurou-se substituir o abstrato método dialético dos juristas medievais por uma interpretação filológica e histórica das fontes do direito romano. Os renascentistas afirmaram que a missão central do governante era manter a segurança e a paz. Maquiavel sustentava que a virtú (a força criativa) do governante era a chave para a manutenção da sua posição e o bem-estar dos súditos. 

       O clero renascentista ajustou seu comportamento à ética e aos costumes de uma sociedade laica. As atividades dos papas, cardeais e bispos somente se diferenciavam das usuais entre os mercadores e políticos da época. Ao mesmo tempo, a cristandade manteve-se como um elemento vital e essencial da cultura renascentista. A aproximação humanista com a teologia e as Escrituras é observada tanto no poeta italiano Petrarca como no holandês Erasmo de Rotterdam, fato que gerou um poderoso impacto entre os católicos e protestantes. 


Galileu 


       O físico e astrônomo italiano Galileu afirmava que a Terra girava ao redor do Sol, contra as crenças da Igreja Católica, segundo a qual a Terra era o centro do Universo. Negou-se a retratar-se, apesar das ordens de Roma, e foi sentenciado à prisão perpétua.


Lourenço de Médici, O Magnífico

       O político e banqueiro italiano Lourenço de Médici (1449-1492) foi um influente mecenas das humanidades durante o Renascimento. A família Médici governou Florença, desde meados do século XV até 1737, dominando a vida política, social e cultural da cidade. O próprio Lourenço foi poeta, construiu bibliotecas em Florença e patrocinou artistas e literatos, tais como o pintor Michelangelo e o poeta e humanista Ângelo Poliziano.


http://www.historiadomundo.com.br/idade-moderna/renascimento.htm



             Arte Renascentista



       Ocorrido entre fins do século XIII e meados do século XVII, o Renascimento foi um período da história marcado por significativas mudanças culturais, ideológicas e científicas. De uma forma geral, podemos dizer que a principal característica deste movimento foi o humanismo. Desta forma, o homem passou a se enxergar não simplesmente como um observador do mundo criado por Deus, mas sim como a principal expressão do mesmo.

       Mesmo assim, não podemos dizer que o Renascimento foi uma ruptura brusca com os ideais da Idade Média, uma vez que as mudanças ocorridas neste período se iniciaram na Baixa Idade Média, com a ascensão da burguesia. A arte renascentista teve como temática principal o próprio ser humano e sua capacidade de avaliar o mundo ao seu redor. Tal característica envolveu a revalorização da cultura clássica e dos períodos de grande progresso científico e cultural das civilizações grega e romana. Os artistas geralmente retratavam a figura humana, cultivando um conceito de beleza típico de tais civilizações.



       Uma prova disto foi o autorretrato, representação artística grandemente utilizada pelos artistas renascentistas. Na pintura, um dos principais traços do Renascimento foi a utilização do sombreado, recurso que reforçava a ideia de volume dos corpos. Outro fato importante desta fase da história da arte foi o inicio do emprego da tela e da tinta a óleo. Na arquitetura podemos perceber de uma forma claríssima a influência dos traços clássicos.

      Os templos eram construções totalmente harmônicas, construídas sobre a cruz grega e coroadas por uma cúpula. Na escultura, podemos citar entre as características mais marcantes a representação do nu e o realismo nas formas humanas. Entre os artistas mais importantes da arte renascentista estão Leonardo da Vinci (1452-1519), Michelangelo (1475-1564) e Rafael Sanzio (1483-1520). 


http://www.historiadetudo.com/arte-renascentista.html


Características das obras Renascentistas 

Aspectos estéticos das obras renascentistas, valores, princípios, principais artistas do Renascimento Cultural

Introdução 

        O Renascimento Cultural foi um importante movimento cultural que ocorreu na Europa entre os séculos XIV e XVI. Entre os principais artistas deste período, podemos citar: Leonardo da Vinci, Michelangelo, Rafael, Donatello, Botticelli, entre outros.


As obras renascentistas (pinturas, esculturas, livros) apresentavam características comuns:

- Resgate da estética da cultura greco-romana, principalmente a busca da perfeição na elaboração de esculturas e pinturas;

- Antropocentrismo: valorização das capacidades artísticas e intelectuais dos seres humanos;

- Valorização da ciência e da razão, buscando explicações racionais para os eventos naturais e sociais;

- Valorização e interesse por vários aspectos culturais e científicos (literatura, artes plásticas, pesquisas científicas).

- Humanismo: conjunto de princípios que valorizavam as ações humanas e valores morais (respeito, justiça, honra, amor, liberdade, solidariedade, etc).


http://www.suapesquisa.com/renascimento/obras_renascentistas.htm




Principais artistas do Renascimento e suas obras


Giotto di Bondone


Giotto di Bondone (1266-1337) - pintor e arquiteto italiano. Um dos percursores do Renascimento. Obras principais: O Beijo de Judas, A Lamentação e Julgamento Final.




Beijo de Judas





A Lamentação







Julgamento Final



Michelangelo Buonorroti


- Michelangelo Buonorroti  (1475-1564)- destacou-se em arquitetura, pintura e escultura.Obras principais: Davi, Pietá, Moisés, pinturas da Capela Sistina (Juízo Final é a mais conhecida).





   Davi







Pietá




Moisés





Juízo Final



Rafael Sanzio


- Rafael Sanzio (1483-1520) - pintou várias madonas (representações da Virgem Maria com o menino Jesus).





Leonardo da Vinci

-Leonardo da Vinci (1452-1519)- pintor, escultor, cientista, engenheiro, físico, escritor, etc. Obras principais: Mona Lisa, Última Ceia.



Mona Lisa



Última Ceia




Sandro Botticelli

- Sandro Botticelli - (1445-1510)- pintor italiano, abordou temas mitológicos e religiosos. Obras principais: O nascimento de Vênus e Primavera.



 "O nascimento de Vênus" de Botticelli



Primavera - Botticelli


http://orenascimentoculturalecientfico.blogspot.com.br/2009/09/principais-artistas-do-renascimento-e.html


Literatura - Renascimento


Quatro séculos depois do inicio do trovadorismo, surge em Portugal o classicismo, também chamado de Quinhentismo por ter se manifestado no século XVI, em 1527 (pela data), quando o poeta Sá de Miranda retorna da Itália trazendo as características desse novo estilo.



Contexto histórico do classicismo: renascimento


       As grandes navegações fazem com que o homem do inicio do século XVI se sinta orgulhoso e confiante em sua capacidade criativa e em sua força: desafiar os mares, percorrer os oceanos, descobrir novos mundos, produzir saberes, desenvolver as ciências e transformá-las em tecnologia, tudo isso resulta no surgimento de um Homem muito diferente daquele existente na idade media e esse homem volta a ser o centro da sua própria vida (antropocentrismo).

       O que esse homem faz de melhor é em prol de si mesmo e isso se reflete também na arte e na literatura que ele produz nessa época. Esse caráter humanista ou antropocêntrico estava esquecido nas “trevas” da idade media, mas já havia existido na antiguidade (na civilização grega, por exemplo) e é porque, no inicio do século XVI, ocorre o ressurgimento ou renascimento do Antropocentrismo, que esse período da historia é chamado de renascimento.

     O renascimento é o momento histórico em que o homem produz grande quantidade e qualidade de obras artísticas e literárias; elas perdem o primitivismo e a ingenuidade de obras medievais e ganham um aprimoramento técnico que supera ate as obras da antiguidade: as cores se multiplicam, surge à noção de perspectiva, as formas humanas são concebidas de maneira mais nítida, no caso da arte. O “berço” do renascimento é a Itália.

    O tema predominante nas obras artísticas e literárias do renascimento é sempre o homem e tudo que diz respeito a ele.



A literatura produzida no renascimento: o classicismo

        À volta do mesmo espírito antropocêntrico da antiguidade faz com que o homem renascentista busque inspiração nos modelos artísticos e literários – nas obras – das antigas civilizações, principalmente nas da Grécia antiga. Assim, as características das obras da antiguidade são trazidas de volta e são também chamada de idade clássica e as obras produzidas naquela época são igualmente chamadas de clássicas. Como a obra renascentista possui as mesmas características da obra da antiguidade, também ela é chamada de clássica e esse período artístico e literário, de classicismo.


Características do classicismo renascentista:


Antropocentrismo

Presença de elementos da mitologia

Presença de elementos do cristianismo

Preciosismo vocabular

Obediência à versificação

Figuras (em especial de personificação)

Racionalismo (=objetividade)

Universalismo (=generalização)



Características do classicismo:


1- Imitação dos autores clássicos gregos e romanos da antiguidade: Homero, Virgílio, Ovídio, etc...


2- Uso da mitologia: Os deuses e as musas, inspiradoras dos clássicos gregos e latinos a parecem também nos clássicos renascentistas: Os Lusíadas: (Vênus) = a deusa do amor; Marte (o deus da guerra), protegem os portugueses em suas conquistas marítimas.


3- Predomínio da razão sobre os sentimentos: A linguagem clássica não é subjetiva nem impregnada de sentimentalismos e de figuras, porque procura coar, através da razão, todas os dados fornecidos pela natureza e, desta forma expressou verdades universais.


4- Uso de uma linguagem sóbria, simples, sem excesso de figuras literárias.


5- Idealismo: O classicismo aborda os homens ideais, libertos de suas necessidades diárias, comuns. Os personagens centrais das epopéias (grandes poemas sobre grandes feitos e heróicos) nos são apresentados como seres superiores, verdadeiros semideuses, sem defeitos. Ex.: Vasco da Gama em os Lusíadas: é um ser dotado de virtudes extraordinárias, incapaz de cometer qualquer erro.


6- Amor Platônico: Os poetas clássicos revivem a idéia de Platão de que o amor deve ser sublime, elevado, espiritual, puro, não-físico.


7- Busca da universalidade e impessoalidade: A obra clássica torna-se a expressão de verdades universais, eternas e despreza o particular, o individual, aquilo que é relativo.




Luis de Camões



Características da poesia de Luis Vaz de Camões


1- Poesia elaborada sobre uma experiência pessoal múltipla.

2- Síntese entre a tradição literária portuguesa e as inovações introduzidas pelos ilalianizozntes do "dolce stil nuevo": redondilhas > inovações formais (decassílabo) Mote glosado > inovações temáticas (amor platônico e seus paradoxos)


A lira de Luis Vaz de Camões:


1- Visão da natureza (idal clássico que se caracteriza pela harmonia, ordem e racionalidade (a natureza é um exemplo)).

2- Concepção do amor: (Platonismo: O verdadeiro amor, amor puro, está no mundo das idéias).

3- O desconcerto do mundo (a razão desvenda o mundo sem sentido e sofre).



Classicismo em Portugal

        O marco inicial do Classicismo português é em 1527, quando se dá o retorno do escritor Sá de Miranda de uma viagem feita à Itália, de onde trouxe as idéias de renovação literária e as novas formas de composição poética, como o soneto. O período encerra em 1580, ano da morte de Luís Vaz de Camões e do domínio espanhol sobre Portugal.



Características do Classicismo


     Imitação dos gregos e latinos Ao redescobrirem os valores do ser humano, abafados pela Igreja durante a Idade Média, os artistas deste período voltam-se para a Antiguidade. O próprio nome desse estilo de época – Classicismo – tem sua origem no aprofundamento dos textos literários e filosóficos estudados nas escolas. Na Idade Média, esses textos eram reproduzidos nos conventos e difundidos entre os estudiosos, mas passavam por uma censura religiosa, que só mantinha os aspectos que não feriam a moral cristã. Com o Renascimento, houve um retorno a esses textos, mas em sua versão original, completa. 


     Foi da Arte Poética de Aristóteles que os artistas do Classicismo retiraram o conceito de imitação ou mímesis. Segundo Aristóteles, a poesia devia imitar a perfeição da natureza ou da sociedade ideal, além de retomar idéias de outros poetas, reconhecidamente importantes por sua obra. Não se trata de copiar outros autores, e sim de assemelhar-se à sua obra. Petrarca comparava esta semelhança à que existe entre pai e filho: é inegável que se pareçam, mas o filho tem suas características próprias, que o individualizam. O mesmo aconteceria à obra literária: seria semelhante à de Virgílio, Horácio e outros autores da Antiguidade, usando o que eles tivessem de melhor, mas conservando seus traços próprios.


     O universalismo Para os clássicos, a obra de arte prende-se a uma realidade idealizada; uma concepção artística transcendente, baseada no Bem, no Belo, no Verdadeiro – valores passíveis de imitação. A função do artista é a de criar a realidade circundante naquilo que ela tem de universal.

       O racionalismo Os autores clássicos submetem suas emoções ao controle da razão. Ao abandonar o teocentrismo, o homem deste período afasta os temores da Idade Média e passa a crer em suas potencialidades, incluindo nelas a habilidade de raciocinar. A cultura clássica é uma cultura da racionalidade.


      A perfeição formal Preocupados com o equilíbrio e a harmonia de seus textos, os autores clássicos adotam a chamada medida nova para os poemas: versos decassílabos e uso freqüente de sonetos (anteriormente, usava-se medida velha: redondilhas).

Elitismo Os clássicos evitam a vulgaridade. O Classicismo tende à realização de uma arte de elite, o que reflete a organização social da época (a aristocracia era a classe dominante). 


       A concepção clássica foi introduzida em Portugal por Sá de Miranda, ao regressar da Itália, onde conheceu novos conceitos de arte e novas formas poéticas. Uso da mitologia Voltados para os valores da Antiguidade, os autores clássicos utilizam-se, com freqüência, de cenas mitológicas, as quais simbolizam com propriedade as emoções que o autor quer exteriorizar. Assim, a imagem do Cupido, por exemplo, simboliza o amor.



Classicismo Literário


      Os escritores classicistas retomaram a ideia de que a arte deve fundamentar-se na razão, que controla a expressão das emoções. Por isso, buscavam o equilíbrio entre os sentimentos e a razão, procurando assim alcançar uma representação universal da realidade, desprezando o que fosse puramente ocasional ou particular.

      

       Os versos deixam de ser escritos em redondilhas (cinco ou sete sílabas poéticas) – que passa a ser chamada medida velha – e passam a ser escritos em decassílabos (dez sílabas poéticas) – que recebeu a denominação de medida nova.


   Introduz-se o soneto, 14 versos decassilábicos distribuídos em dois quartetos e dois tercetos.


Luís de Camões (1525?-1580): poeta soldado


        Escritor de dados biográficos muito obscuros, Camões é o maior autor do período. Sabe-se que, em 1547, embarcou como soldado para a África, onde, em combate, perdeu o olho direito.

       Em 1553, voltou a embarcar, dessa vez para as Índias, onde participou de várias expedições militares.

Em 1572, Camões publica Os Lusíadas, poema épico que celebrava os recentes feitos marítimos e guerreiros de Portugal.

      

       A obra fez tanto sucesso que o escritor recebeu do rei D. Sebastião uma pensão anual – que mesmo assim não o livrou da extrema pobreza que vivia.

Camões morreu no dia 10 de junho de 1580.


A Poesia Épica de Camões


    Como tema para o seu poema épico, Luís de Camões escolheu a história de Portugal, intenção explicitada no título do poema: Os lusíadas.


    O cerne da ação desenvolve-se em torno da viagem de Vasco da Gama às Índias.A palavra “lusíada” é um neologismo inventado por André de Resende para designar os portugueses como descendentes de Luso (filho ou companheiro do deus Baco).


    A EstruturaOs lusíadas apresenta 1102 estrofes, todas em oitava-rima (esquema ABABABCC), organizadas em dez cantos.


Divisão dos Cantos 1ª  parte:


Introdução: Estende-se pelas 18 estrofes do Canto I e subdivide-se em:


Proposição: é a apresentação do poema, com a identificação do tema e do herói (constituem as três primeiras estrofes do canto I).


Invocação: o poeta invoca as Tágides, ninfas do rio Tejo, pedindo a elas inspiração para fazer o poema.

Dedicatória: o poeta dedica o poema a D. Sebastião, rei de Portugal.


2ª parte: Narração

Na narração (da estrofe 19 do Canto I até a estrofe 144 do Canto X), o poeta relata a viagem propriamente dita dos portugueses ao Oriente.


3ª parte: Epílogo

É a conclusão do poema (estrofes 145 a 156 do Canto X), em que o poeta pede às musas que o inspiraram que calem a voz de sua lira, pois está desiludido com uma pátria que já não merece as glórias do seu canto.


O herói

Como o título indica, o herói desta epopeia é coletivo, os Lusíadas, ou os filhos de Luso, os portugueses.




Camões Lírico


      Camões escreveu versos tanto na medida velha ( cinco ou sete sílabas métricas) quanto na medida nova ( dez sílabas métricas).


   Seus poemas heptassílabos ( sete sílabas métricas) geralmente são compostos por um mote e uma ou mais estrofes que constituíam glosas (ou voltas a ele).


     Os sonetos, porém, são a parte mais conhecida da lírica camoniana. Com estrutura tipicamente silogística, normalmente apresentam duas premissas e uma conclusão, que costuma ser revelada no último terceto, fechando, assim, o raciocínio.


    Camões demonstra, em seus sonetos, uma luta constante entre o amor material, manifestação da carnalidade e do desejo, e o amor idealizado, puro, espiritualizado, capaz de conduzir o homem à realização plena.


    Nessa perspectiva, o poeta concilia o amor como idéia e o amor como forma, tendo a mulher como exemplo de perfeição, ansiando pelo amor em sua integridade e universalidade.



Outros Autores

      Francisco de Sá de Miranda (1481-1558). Escreveu poemas na medida nova e na medida velha. Escreveu, ainda, a tragédia Cleópatra, as comédias Os Estrangeiros e Vilhalpandos.


Antônio Ferreira (1528-1569). Discípulo de Sá de Miranda, escreveu Poemas Lusitanos, Castro, Bristo e Cioso.João de Barros (1496?-1570), autor de As décadas da Ásia. 


http://www.mundovestibular.com.br/articles/5283/1/Classicismo/Paacutegina1.html



Arquitetura Renascentista


arquitetura renascentista representou, depois da modalidade românica, um momento de rompimento na história da arte arquitetônica, nos seus mais diversos aspectos, ou seja, nos recursos utilizados por esta esfera no âmbito da criação; nos seus meios de expressão e no seu corpo teórico.
Palácio de Frederiksborg, Dinamarca.
Este estilo predominou no continente europeu ao longo dos séculos XIV, XV e XVI, no contexto caracterizado pelo movimento conhecido como Renascimento, que inovou especialmente nos campos cultural e científico. Não é à toa que uma das principais marcas desta arquitetura seja uma distribuição espacial matemática das edificações. Elas são dispostas de modo que as pessoas entendam a lei que as regem e estruturam, seja de onde for que as vejam.
Os arquitetos, neste período, investem-se de uma autonomia cada vez maior, adotando um estilo individual. Eles são fortemente influenciados pelo Classicismo, particularmente pela criação arquitetônica desta época, respeitada como o padrão mais primoroso de todas as produções artísticas e até mesmo da existência humana.
Esta arquitetura primou especialmente pelo resgate da Antiguidade Clássica. Ela procurava aliar a visão de mundo cristã com este universo considerado pagão pela Igreja. Era fundamental que esta opção artística procurasse agradar esta instituição, pois o Renascimento destacava-se especialmente na Itália, marcada claramente pela presença do Vaticano.
Assim, tudo que pertencia ao mundo antigos dos gregos e romanos era aproveitado na concepção arquitetônica renascentista – a busca da Beleza mais perfeita, a disposição ordenada dos elementos de um prédio, a tradução da esfera das idéias nas linhas dos edifícios, os arcos de volta-perfeita, a influência da composição formal da Natureza, vista como modelo de perfeição, a singeleza das obras, a forte presença dos aspectos humanistas, a utilização sistemática da perspectiva, entre outros elementos.
Scuola Grande di San Marco, Veneza.
Neste momento artístico as Artes se revelam esferas livres, agindo por conta própria; assim, a escultura e a pintura atuam independentemente da arquitetura. Basicamente ela se enraíza em dois alicerces importantes – o Classicismo e o Humanismo. Embora este estilo não tenha se libertado completamente das concepções e costumes da Era Medieval, ele busca incessantemente o desligamento da arte medieval.
As principais edificações deste período são igrejas, residências construídas no perímetro externo da cidade, fortalezas que assumiam um papel bélico, entre outras. O arquiteto mais conhecido desta época é Brunelleschi, que ao mesmo tempo atuava nos campos da pintura, da escultura e da arquitetura. Além disso, também conhecia bem a Matemática e a Geometria, e era um especialista na compreensão da produção poética de Dante Alighieri. Entre suas obras principais estão a cúpula da Catedral de Florença e a Capela Pazzi.















A Escultura Renascentista




Os valores greco-romanos ganham maior importância no século XIII. O italiano Niccolò Pisano se empenhou na reformulação dos padrões góticos. Mantendo motivos religiosos, mas com expressões humanas, assinalou o início do Renascimento na escultura.

Nos séculos XIV e XV, cresce a admiração pelos clássicos e o culto ao ser humano. Donatello foi um grande escultor, que introduziu o humanismo, precedendo o naturalismo e a glorificação do nu.

O auge da escultura renascentista, contudo, são observadas as obras de Michelangelo, que utilizou enormes blocos de mármore e deixou obras de grande porte e beleza, influenciadas pelos ideais estéticos helenísticos, tais como seu Davi e a Pietá.

Tornou-se famoso também na pintura. Procurava expressar pensamentos em suas esculturas, buscando efeitos vigorosos na emoção e alcançando grande vitalidade em seus trabalhos. Estudou a figura humana com empenho, nas formas mais diversas de expressão, posição e atitude. É considerado precursor do Barroco, devido à força de expressão das suas obras.

Davi, 1444-46, bronze, 158 cm, 
Museu Nacional do Bargello
Florença, Itália
Tanto Donatello quanto Michelangelo esculpiram a figura de Davi.

O Davi de Donatello é feito de bronze e considerado o primeiro nu artístico com notável inspiração helênica.

Já o Davi de Michelangelo foi elaborado em mármore com grande inspiração helenística.

Na escultura renascentista, desempenham um papel decisivo o estudo das proporções antigas e a inclusão da perspectiva geométrica. As figuras, até então relegadas ao plano de meros elementos decorativos da arquitetura, vão adquirindo pouco a pouco total independência. Já desvinculadas da parede, são colocadas em um nicho, para finalmente mostrarem-se livres, apoiadas numa base que permite sua observação de todos os ângulos possíveis.

O estudo das posturas corporais traz como resultado esculturas que se sustentam sobre as próprias pernas, num equilíbrio perfeito, graças à posição do compasso (ambas abertas) ou do contraposto (uma perna na frente e a outra, ligeiramente para trás). As vestes reduzem-se à expressão mínima, e suas pregas são utilizadas apenas para acentuar o dinamismo, revelando uma figura humana de músculos levemente torneados e de proporções perfeitas.

Outro gênero dentro da escultura que também acaba sendo beneficiado pela aplicação dos conhecimentos da perspectiva é o baixo-relevo (escultura sobre o plano). Empregando uma técnica denominada schiacciato, Donatello posiciona suas figuras a distâncias precisas, de tal maneira que elas parecem vir de um espaço interno para a superfície, proporcionando uma ilusão de distância, algo inédito até então.

Desse modo, ao mesmo tempo que se torna totalmente independente da arquitetura, a escultura adquire importância e tamanho. Reflexo disso são as primeiras estátuas eqüestres que dominam as praças italianas e os grandiosos monumentos funerários que coroam as igrejas. Pela primeira vez na história, sem necessidade de recorrer a desculpas que justificassem sua encomenda e execução, a arte adquire proporções sagradas.



Principais Características

- Buscavam representar o homem tal como ele é na realidade 
- Proporção da figura mantendo a sua relação com a realidade 
- Profundidade e perspectiva 
- Estudo do corpo e do caráter humano